A Lightyear tem uma seleção de obrigações corporativas e governamentais cotadas nas bolsas de valores da Nasdaq Baltic.

O que são obrigações

As obrigações são títulos de dívida emitidos por governos, empresas ou outras entidades para angariar capital. Ao investir numa obrigação, está essencialmente a emprestar dinheiro ao emitente em troca de pagamentos periódicos de juros (cupões) e da devolução do valor nominal da obrigação na data de maturidade.
Estas são algumas das principais características das obrigações:
  • Valor nominal: o montante devolvido ao detentor da obrigação na data de maturidade.
  • Taxa de cupão: a taxa de juro fixa paga ao detentor da obrigação, por norma é semestral ou anual.
  • Data de maturidade: data em que o capital da obrigação é reembolsado.
  • Rendimento: o rendimento da obrigação, tendo em conta os pagamentos de juros e variações de preço.
  • Risco de incumprimento: o risco de que quem emite a obrigação não cumpra os pagamentos.
  • Duração: a sensibilidade do preço de uma obrigação às variações das taxas de juro.
As obrigações negoceiam-se nos mercados primário ou secundário. No mercado primário, são os governos ou empresas que emitem diretamente obrigações novas aos investidores. No mercado secundário, os investidores compram e vendem obrigações que foram emitidas. Os preços das obrigações podem aumentar ou diminuir em relação ao valor nominal e flutuam em função de fatores como taxas de juro, solvência do emissor e procura do mercado.

Preços e rendimento

O preço das obrigações é o montante que os investidores pagam para comprar uma obrigação no mercado. Uma obrigação pode ser transacionada a prémio (acima do valor nominal), ao par (ao valor nominal) ou a desconto (abaixo do valor nominal).
  • Preço bruto: é o preço total pago que o comprador paga pela obrigação, que inclui tanto o preço limpo como os juros acumulados. Este é o preço real da transação ao comprar uma obrigação entre datas de pagamento de cupões.
  • Preço limpo: o preço limpo é o preço cotado da obrigação no mercado, que exclui quaisquer juros acumulados desde o pagamento do último cupão. Só reflete o valor intrínseco da obrigação e não tem em conta a acumulação de juros.
  • Rendimento anual: é o rendimento anual da obrigação com base no preço de mercado atual e não no valor nominal. Calcula-se ao dividir o pagamento do cupão anual da obrigação pelo preço de mercado atual da mesma. Dá uma ideia do rendimento de uma obrigação, mas não tem em conta as alterações de preço nem o tempo até à maturidade.
O preço e o rendimento das obrigações têm uma relação inversa:
  • Quando o preço sobe, o rendimento baixa. Isto acontece porque os cupões fixos representam agora uma percentagem menor do preço da obrigação, que aumentou.
  • Quando o preço baixa, o rendimento sobe. Neste caso, é porque os cupões fixos representam uma percentagem maior do preço, que diminuiu.
##Pagamentos de cupões Os pagamentos do cupão de uma obrigação são o pagamento periódico de juros que o emissor faz aos obrigacionistas. Estes pagamentos costumam representar uma percentagem fixa do valor nominal da obrigação (também conhecido como valor ao par). Costumam fazer-se semestral ou anualmente, até à maturidade da obrigação. No entanto, se uma obrigação for vendida antes de atingir a maturidade, o preço poderá flutuar por causa de alterações à taxa de juro ou à solvência do emissor. Mas o montante do pagamento do cupão não muda.
  • Taxa do cupão: é a taxa de juro anual que o emissor da obrigação se compromete a pagar ao detentor da obrigação. Expressa-se numa percentagem do valor nominal (ao par) da obrigação. Por exemplo, se uma obrigação tiver um valor nominal de 1000 € e uma taxa de cupão de 5 %, o emitente irá pagar 50 € por ano em cupões.
  • Frequência de pagamento: os cupões costumam ser pagos a cada seis meses (semestral), embora possam ser pagos anual, trimestral ou mensalmente. Por exemplo, se uma obrigação paga 50 € ao ano e os pagamentos são semestrais, o detentor da obrigação irá receber 25 € a cada seis meses.
  • Maturidade: os cupões continuam a ser pagos até a obrigação atingir a data de maturidade, altura em que o emissor reembolsa o valor facial da mesma ao detentor da obrigação e os pagamentos de cupão cessam.

Se vender uma obrigação antes da data de pagamento do cupão, perco os juros acumulados?

Não. Se vender uma obrigação antes da data de pagamento do cupão, não perde os juros acumulados. Saiba o que acontece:
  • Os juros acumulam diariamente entre datas de pagamento de cupões. O preço da obrigação que vê na plataforma da Lightyear (preço bruto) inclui automaticamente os juros acumulados desde o pagamento do último cupão.
  • Se vender a obrigação antes da data de pagamento do cupão seguinte, o preço que paga o novo detentor da obrigação (comprador) e o que o vendedor recebe por ela inclui os juros acumulados desde o pagamento do último cupão.
  • Portanto, quando se executa a operação, o vendedor recebe os juros acumulados desde o último cupão pago. E o novo detentor da obrigação recebe o cupão por inteiro na próxima data de pagamento estabelecida.
Exemplo:
  • Tem uma obrigação com valor nominal de 1000 €, que paga 5 % em juros ao ano (um cupão semestral de 25 €).
  • Se vender a obrigação a meio do semestre, o comprador paga os juros acumulados durante três meses. Ou seja, 12,50 €.
  • Na próxima data de pagamento do cupão, o comprador recebe os 25 € na íntegra.
Em resumo, ao vender uma obrigação antes da data de pagamento do cupão, não perde os juros, é o comprador que o compensa pelos juros acumulados.

Maturidade das obrigações

Quando uma obrigação atinge a data de maturidade, o detentor recebe o valor nominal (ou investimento inicial) e o emissor já não está obrigado a pagar juros (cupão). Portanto, considera-se que o contrato está concluído. Isto é o que geralmente acontece:
  • Pagamento do cupão final: se a obrigação paga juros periódicos (pagamentos de cupão), o obrigacionista irá receber o pagamento do cupão final na data de maturidade. A isto junta-se o pagamento do valor nominal.
  • Reembolso do investimento inicial (valor nominal): o emissor devolve ao obrigacionista o valor nominal da obrigação. Por exemplo, se o valor nominal da obrigação for 1000 €, o obrigacionista irá receber 1000 € na data de maturidade.
  • Fim do pagamento das obrigações: os pagamentos cessam quando a obrigação atinge a data de maturidade. O obrigacionista não ganha juros para lá da data de maturidade.
Aqui é importante lembrar que algumas obrigações podem ser resgatadas antecipadamente, pelo que o emissor pode reembolsá-las antes da data de maturidade. Se isto acontecer, o obrigacionista irá receber o valor nominal antes do previsto. Além disso, se o emissor não cumprir os pagamentos (incumprimento) antes ou na data de maturidade, os obrigacionistas poderão não receber o valor nominal por inteiro ou o pagamento do cupão final.
Consulte também: Instrumentos complexos
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